O empreendedorismo feminino no Brasil cresce a cada ano. Segundo o Sebrae, em 2018, 50% das novas empresas foram abertas por mulheres.
O dia 26 de agosto de 1920 foi um marco para a história da luta da mulher por direitos iguais. Pela primeira vez as norte-americanas puderam votar. Para marcar a data e incentivar a discussão acerca da desigualdade, foi instituído o Dia Internacional da Igualdade Feminina.
Além do voto, muitas outras vitórias foram alcançadas, incluindo a entrada no mercado de trabalho. Porém, as mulheres ainda enfrentam desigualdade salarial; maior propensão a sofrerem assédio moral nas empresas e ainda há restrições em algumas áreas à mão de obra feminina.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre a década de 1940 e 1990, as mulheres ativas no mercado de trabalho passaram de 2,8 milhões para 22,8 milhões.
Em 1940, a maior parte delas estavam no setor primário da economia. Cinquenta anos depois, 74% passaram para atividades do setor terciário, como serviços de saúde, educação ou domésticos.
E para entendermos como esse processo mudou ao longo do tempo, vamos abordar neste conteúdo:
1 – O empreendedorismo feminino no Brasil
2 – Cenários do empreendedorismo feminino
3 – Características: quem são as empreendedoras no Brasil
4 – As mulheres no franchising, pioneirismo e evolução
5 – Mulheres, franchising e tecnologia
O empreendedorismo feminino no Brasil
Com o protagonismo feminino nos últimos anos, as mulheres vêm aos poucos assumindo, ainda que de forma tímida, a liderança de empresas e também do mercado de trabalho.
A tendência, segundo dados, é que haja mudanças progressivas, uma vez que as mulheres buscam empreender mais, são mais escolarizadas e mais jovens. Dados do Sebrae apontam que entre 2016 e 2018 houve um crescimento demográfico de 30% no número de mulheres empreendedoras.
Em 2017, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), patrocinada no Brasil pelo Sebrae, as mulheres são a maioria entre os novos empreendedores. Representando 51% das novas empresas.
Contudo, devido a fatores externos como relacionamentos de mercado e linhas de crédito especializadas ainda restritas, as mulheres ficam atrás em negócios estabelecidos. Apenas 44% prosperam seus negócios, contra 56% dos homens.
A boa notícia é que o número é 2% maior se comparado a 2016 (42%). Os dados positivos são atribuídos à tendência das mulheres investirem mais em capacitação e ter mais acesso à informação. O que, segundo o GEM, pode ajudar na construção de empresas mais sólidas e lucrativas.
Cenários do empreendedorismo feminino
Dentro das organizações, as mulheres, em sua maioria (55%), ocupam cargos técnicos e apenas 38,2% estão na liderança dos empreendimentos. Em nível mundial, o Brasil está na 6ª posição entre os países com maior avanço e incentivo ao empreendedorismo feminino.
Ao encontro da mudança corrente, torna-se comum encontrar notícias em que mulheres estão assumindo o papel executivo no lugar de homens. Um caso recente é o de Rachel Maia, nomeada CEO da Lacoste Brasil.
Com longa carreira, Rachel foi responsável pela chegada ao país da Tiffany e Co, onde atuou como CFO por cinco anos e dois como CEO.
Márcia Tristão Oliveira, franqueada da Delivery Much (DM) em Paranaguá, comenta que o cenário de empreendedorismo é sempre desafiador. Para ela, isso independe se para homem ou mulher.
Ao olhar para o cenário de cidades pequenas. Mesmo com algumas dificuldades, relacionadas à encontrar capacitação e ecossistema ativo, um dos atrativos nos grandes centros, a empreendedora aponta como vantagem a relação mais próxima com outros empreendedores e com proprietários de restaurantes.
No caso específico, de uma franquia de alimentação, a possibilidade de estar sempre próximo aos donos dos estabelecimentos para fomentar e gerar negócios de impacto para a cidade.
Características: quem são as empreendedoras no Brasil
De acordo com o estudo Women Entrepreneurs: passion, purpose and perseverance (Mulheres Empresárias: paixão, propósito e perseverança), realizado pela KPMG, mais de 60% das mulheres empreendedoras mencionaram o trabalho duro, a propensão para assumir riscos, a capacidade de perseverar em tempos de crise e o talento para fazer contratações inteligentes são as principais características necessárias para ter sucesso no trabalho.
Márcia levanta também a necessidade de avaliar quais são os pontos fracos e fortes de cada empreendedora. É preciso focar-se no fortes e em paralelo trabalhar os fracos. Além disso, aponta: “a seriedade, o respeito, a determinação e a honestidade são características que sempre devem estar presentes”.
O importante, relata Márcia, é que as mulheres entendam que podem sim empreender e que isso pode dar certo. O ponto central é sentir-se feliz. “Se trabalhar fora como empregada a fizer feliz, opte por isso. Se, a escolha for cuidar de casa e dos filhos, opte por isso e seja feliz”, completa e finaliza: “acredito que o empreendedorismo feminino traz a esse mundo um outro olhar, um pouco mais equilibrado talvez, que foca na relação Ganha-Ganha a longo prazo”.
As mulheres no franchising, pioneirismo e evolução
O pioneirismo criativo das mulheres empreendedoras está conectado com a história do franchising. A mais antiga rede de franquias de serviços do mundo foi criada por uma mulher: Martha Matilda Harper. Em 1891, Martha abriu seu salão de beleza em Nova York. Seus métodos ficaram famosos rápido, em especial pelos inovadores produtos de cuidados com a pele e os cabelos.
Devido a grande procura de outras mulheres, Harper começou a ensinar suas técnicas mediante um contrato de franchising. Através de treinamentos, as mulheres aprovadas ganhavam o direito de exploradas com exclusividade determinadas regiões, usando e vendendo exclusivamente os cosméticos Harper’s.
Em 1920 a rede chegou a ter mais de 500 unidades espalhadas pelos Estados Unidos, Alemanha e Escócia. O formato atual de atuação das franquias, usado no mundo todo, carrega muitos princípios criados por Martha Matilda Harper.
acredito que o empreendedorismo feminino traz a esse mundo um outro olhar, um pouco mais equilibrado talvez, que foca na relação Ganha-Ganha a longo prazo.
Márcia Tristão Oliveira, franqueada da Delivery Much
Atualmente, a presença feminina ainda não é predominante, mas continua crescendo exponencialmente a cada ano. Em 2015, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgou durante o 3º Simpósio Mulheres do Franchising o estudo “Liderança Feminina no Franchising”. O levantamento mostrou que, em média, 49% das unidades próprias ou franqueadas do Brasil são dirigidas por mulheres.
Quanto as franqueadoras, foi possível observar que quanto mais nova a empresa, maior a participação feminina. Naquelas com até cinco anos de funcionamento, mais de 40% das funções executivas são desempenhadas por mulheres. Já nas redes com dez anos ou mais, o número cai para 31%.
Os principais motivos apontados pelas mulheres que optam pelo franchising estão: suporte para a operação dos negócios, apoio na localização para a instalação do negócio, segurança para estar no mercado e a possibilidade de estarem mais próximas da família.
A Consultoria Rizzo Franchise mostrou em 2016 um dado importante sobre a força feminina no franchising brasileiro: franquias com mulheres à frente faturam mais do que aquelas que têm homens como proprietários ou gestores.
Mulheres, Franchising e tecnologia
Voltando aos dados do Sebrae, nos últimos anos, as mulheres são responsáveis pela criação de 51% das novas empresas no país. Muitas destas empresas são focadas em tecnologia ou mesclam a tecnologia em sua operação.
Márcia Tristão Oliveira, franqueada da Delivery Much (DM) em Paranaguá, é um exemplo deste protagonismo. A franquia administrada pela empreendedora é uma das mais efetivas da DM.
Para ela, um ponto essencial é ver os contratempos como oportunidades. Ao olhar desta forma, torna-se mais fácil superar as adversidades.
Uma ajuda essencial para superar as adversidades é o apoio recebido da Delivery Much. Márcia conta que a franquia da DM é seu primeiro empreendimento e vê com muito bons olhos o suporte recebido da franqueadora.
“Você já recebe um modelo pronto, com histórico do que funciona e o que não funciona. Não é uma fórmula pronta, é uma base, você tem que descobrir o que funciona ou não na sua cidade. Quando a franqueadora cresce e se torna uma marca mais conhecida, você vai junto na onda”, enfatiza Márcia.
Além disso, ao ser questionada, sobre por que optou pela franquia da DM, a empreendedora traz a flexibilidade do trabalho e a possibilidade de poder sugerir processos e o suporte full time. Porém, o que mais chamou sua atenção foi aliar alimentação e tecnologia. Um caminho sem volta, segundo ela.
“Todas as pessoas precisam comer e pode-se considerar que a internet e os aplicativos estão cada vez mais presentes no dia a dia para todas as atividades, inclusive pedir comida”, finaliza.
Quer fazer parte da revolução do empreendedorismo no Brasil? Seja uma franqueada da Delivery Much.
Ótimas dicas, adorei! Parabéns pelo conteúdo de qualidade!